16 de mar. de 2007

Mickey Mouse Impera na Palestina


Certa vez foi-me encomendado um cartum sobre a questão Palestina, a invasão de Israel sobre o território daquele povo e o imperialismo americano sobre o mesmo. O cartum não foi usado e, portanto, aproveitei para enviá-lo ao Aydin Dogan, um dos maiores Salões de Humor do mundo, em Stambul, na Turquia. Mesmo sabendo que não ia dar em nada...

Fico imaginando o resultado disso por lá. Claro que não chega nem aos pés da polêmica causada pelas charges que retrataram de forma pejorativa o profeta Muhammad, publicadas no jornal dinamarquês Jyllands-Posten; nem aos pés da dor de cabeça acirrada, causada ao escritor Salman Rushdie e seus Versos Satânicos. Na verdade, pela localização do território turco e seus interesses, não deve ter causado é nada! Pois nem vi a cor dos 20.000 dólares oferecidos pelo Salão ao primeiro colocado, mais passagem de ida e volta (se não houvesse nenhum atentado), estadia de uma semana e tour pela capital Turca, hein!? hein!? hein!?

Bom, o melhor de tudo neste cartum, ainda assim, para mim, é o Mickey representando o imperialismo americano – o que ninguém deve ter entendido. E essas bandeiras israelense e palestina costuradas (uma alusão a uma probabilidade de aliança capenga!?) ficou estranho, pra falar a verdade. Eu devia ter uns 20 anos (e isso já se fazem 10) e nem entendia muito toda aquela guerra. Acho que fiz por fazer, mesmo. Mas nada me impede de lhes mostrar essa arte, por aqui, e propor uma discussão de pontos de vista diferentes sobre o que este cartum representaria, ou representa.

Viu como é importante estudar o assunto antes de mencioná-lo de alguma forma? Hoje, por exemplo, eu desenharia o Mickey tomando Coca-Cola, comendo um Big-Mac e limpando a boca na bandeira Palestina. Deixaria de lado Israel, pois acredito que essa guerra também é nossa. A guerra do consumismo imperial. Seria um afronta de minha parte? Não, caros senhores, não mesmo. Seria uma reflexão.

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